quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

That's the way I am

  A expressão "ser directa" devia ser  meu segundo nome!
  Digo o que penso. 
  Tenho o coração na boca, como costumava dizer uma antiga chefe.
  Digo o bom e digo o mau. Não faço favores. Não deixo de dizer para agradar ou para não melindrar.
  Eu fui aquela que disse a uma das minhas melhores amigas, quase nas vésperas do casamento, que achava aquilo uma precipitação ( já estava a funcionar o meu autocontrolo, claro. Que a minha vontade era dizer-lhe que aquilo era o maior erro da vida dela).
  Mas também fui aquela que, 2 anos depois, durante esta passagem de ano, e depois de perceber que ela está de facto muito feliz, lhe disse que se calhar me tinha enganado. E que o que tinha acontecido na minha vida, me tinha feito ver as coisas de maneira diferente.
  No entanto, disse-lhe que voltaria a dizer-lhe o mesmo, se continuasse a pensar o que pensava na altura. Ela sorriu, como que a dizer "Não tenho dúvidas nenhumas disso". Porque a R. sabe que eu quero o melhor para ela, que é das pessoas mais bondosas que conheço. E porque a R. me conhece como a ela própria. E sabe que esta é a minha forma de ser e estar.
  Eu fui aquela que disse à minha na altura sogra, enquanto ela me tentava "dar a volta" depois da 457456ª ofensa, que para mim chegava. Que a tentaria suportar pelo respeito que o filho dela me merecia. Mas que nunca mais na vida voltaríamos a ser amigas. Assim. Na cara ( e isto deve ter dado uma grande ajuda na separação, I Know).
  Mas eu também sei que tenho que controlar isto um bocadinho. Até porque a vida, essa grande cabra, foi-me ensinando isso da pior maneira. E eu tenho feito um esforço.
  No entanto, há coisas em relação às quais não consigo ficar calada. E sempre que alguém me desilude eu digo. E se não o fizer é porque essa pessoa já não me interessa mesmo.
  E hoje, e depois de me andar a controlar há mais de 4 meses, eu disse o que tinha a dizer a uma pessoa, que por acaso é minha prima, facto que não lhe dá pontos em relação a ninguém, porque para mim os laços de sangue não valem por si só.
  Porque para mim a família é aquela que eu escolhi: a de sangue e a outra, a da vida.
  Não sei se a minha prima terá entendido que esta foi a última vez que eu decidi ser sincera com ela. E que está a um pequeno passo de ser da minha família só na árvore genealógica.
  Espero que tenha percebido.
  A minha mãe passa a vida a dizer que a sinceridade anda a par da amizade: é preciso merecê-la. 
  E aqui entre nós, e já que ela não ouve, acho que a minha mãe, como quase sempre, está cheia de razão.
  

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