Na minha vida, tudo acontece sempre ao mesmo tempo. Mas tudo mesmo.

Sempre foi assim. Até já devia estar habituada.

Mas desta vez, isto está a ser demais.

Para além do trabalho habitual, tenho dois novos projectos profissionais em mãos, o que implica deitar-me à 1:00h e levantar-me às 7:00h. Ritmo que se prolongará até Julho.

Nessa altura, ou a vida decide por um deles, e será o mais certo, ou decido eu.

Uma coisa é certa: em Outubro tudo vai mudar.

E depois da volta que a minha vida levou, tenho a certeza que esta será a mudança necessária que eu preciso para ir colando peças que um dia alguém rasgou.

Há peças que já não têm conserto. 

Umas porque os rasgões foram demasiado grandes e profundos, fazendo delas feridas abertas, que um dia talvez se transformem em cicatrizes.

Outras porque já não encaixam neste eu em que me transformei.

Mas ainda tenho esperança de conseguir recuperar algumas.

E sei que isso só acontecerá quando estiver longe. Muito longe.

Longe de ti. Longe de nós. Longe dos nossos ( é incrível como, depois de tudo, teremos sempre "os nossos").

Mas perto, cada vez mais perto de mim.