Coisas que se resolviam com dois pares de estalos

  Não deve haver maiores parvinhos do que estes miúdos de 16 anos.

  São tão vazios, tão burrinhos, tão desinteressados, tão irresponsáveis, tão tolos, que dói.

  Não sabem nada, não querem saber nada. Não estudam nada, e quando têm que fazer alguma coisa reclamam.

  Se é isto o nosso futuro, estamos bem arrumados.

  De há umas semanas para cá, o ginásio foi assim a modos que invadido por miúdos de 16, 17 anos, todos clones uns dos outros.

  O alargador na orelha, ou o brinquinho à Cristiano Ronaldo, aquele cabelo à Dragon Ball, as pernas sempre impecavelmente depiladas e as t-shirts decotadas até ao umbigo, eram coisas que me irritavam solenemente, mas que se suportavam.

  Agora ter que levar com um puto de cú ao léu, a tentar fazer flexões à minha frente, é coisa para já me tirar do sério. Pelos vistos não lhes basta parecerem aleijadinhos "só" no meio da rua, enquanto lutam para não ficarem com as calças na mão, também acham porreiro andar com as calças do ginásio no fundo do rabo.

  Valeu-me o PT, que do alto dos seu 1m85, virou-se para o miúdo e disse: "Cê acha que aqui tem alguém interessado em ver a tua cueca? Tem não. Por isso, use a calça na cintura, fáxavô."

  Ah, grande PT.