sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ontem, ainda tinha a mochila do ginásio às costas, liga-me um amigo do meu pai.
"Pippa, viste o telejornal? O pai do parvalhão do teu ex noivo foi outra vez notícia. Porra, nunca mais prendem o homem?"
Ainda não tinham passado 10 minutos, já a A., the bride, também ligava.
"Então é desta que o idiota do teu ex sogro é apanhado? Eu já fiz promessa! Imagino a cara do outro escroque cada vez que o pai é notícia. Tão bem feita!"
E, no meio destes e de outros telefonemas que fui recebendo, o que me fez confusão não foi este ódio e esta raiva que os meus têm do meu ex sogro. Não é bonito, mas é normal, dado o histórico.
O que me faz confusão é que ninguém trata o M. pelo nome. Desde os insultos, maiores ou menores, ao "aquele cujo nome eu me recuso a pronunciar", há de tudo.
Mas parece que ninguém consegue dizer o nome dele. Nem eu.
É tão, mas tão triste, que ele tenha feito parte da vida de todos nós durante 10 anos, e no fim tenha errado tanto, mas tanto, que deixou de ter direito a que o nome dele seja sequer pronunciado entre nós.